Robôs e inteligência artificial

Robôs e inteligência artificial9 minutos de leitura

Eu sempre gostei de ficção científica. Posso dizer tranquilamente que é o meu estilo favorito de filmes, séries e livros. Filmes eu já vi muitos, pelo menos metade de cada um nessas listas: lista 1, lista 2 e lista 3. Entre as séries, não posso deixar de citar Twilight Zone, Black Mirror, Westworld e Ruptura, da qual sou fã. Dentro da literatura, só o Admirável Mundo Novo já seria suficiente nessa lista (quem já leu sabe), mas li alguns poucos livros no estilo, além desse. Destaco Histórias de Robôs, uma coletânea de contos sobre o assunto editada por Isaac Asimov. E é justamente sobre esse subgênero da ficção científica que eu quero falar aqui, essa parte que trata de robôs e inteligência artificial.


Livro - Histórias de Robôs, volume 1.
Livro - Histórias de Robôs, volume 2.
Livro - Histórias de Robôs, volume 3.
Robôs e inteligência artificial - Black Mirror.
Robôs e inteligência artificial - Black Mirror.
Robôs e inteligência artificial - Westworld.

A vida imita a arte, ou a arte imita a vida?

Conversar com alguém instantaneamente por um dispositivo que cabe na palma da mão era imaginação, no passado. E nem falo de um passado distante. Eu sou do tempo em que a gente ficava no telefone fixo com a namorada:

“- Desliga tu.
– Não, desliga tu.
– awwm, te amo.”

Hahaha, pode parecer idiota, e talvez seja mesmo, mas era assim que as coisas eram. Não havia toda essa facilidade de comunicação, então a gente valorizava. É a lei da oferta e procura: quando é raro, a gente valoriza mais. Nos anos 90, falar com quem a gente estava apaixonado pelo telefone fixo era um momento especial do dia, então ninguém queria desligar, ficava aquela sensação de saudade. Hoje, ao contrário, dá para falar com qualquer pessoa a qualquer momento. Como consequência não existe mais aquilo de “só vou ver minha amada amanhã de novo”. Aí ninguém mais dá bola pra nada.

A gente pensa que as coisas vão evoluir, e que elas sempre evoluem. Mas isso tem um Q de ilusão. Como Arnaldo Baptista fala, os amplificadores valvulados eram melhores que os transistorizados. A tecnologia evolui, isso é fato. Mas a nossa vida melhora por causa da evolução tecnológica? É questionável…


Cronologia

Então foi surgindo o PC, 286, 386, a internet discada, o telefone celular, que era grande, pesado e só fazia ligação. Isso foi evoluindo rápido, surgiu o Orkut e o Facebook, os smartphones, aí o baguio ficou doido. Depois do smartphone, eu estava vendo com meus próprios olhos o que, na minha infância e adolescência, era coisa de filme.

Do lado bom eu não preciso nem falar, todo mundo sabe, todo mundo vê. As vantagens dessa tecnologia em nossas vidas são muitas. Por outro lado perdemos um pouco o contato com a realidade. Vida social virou rede social, carta virou email, que virou sms, que virou zapzap. Telefone fixo virou artigo de museu. Tudo é rápido, descartável, todo mundo anda com pressa. Aí eu me pergunto: Pressa de quê, de morrer? Porque toda essa pressa em querer tudo pra ontem só pode significar uma única coisa no final das contas: pressa de morrer. A vida passa em 2x no celular. Na vida “real” tudo é monótono, devagar.

Essa superexcitação deixa as pessoas caducas antes da hora. Bah tchê, é tudo mil grau o tempo todo, ninguém aguenta isso.


Filmes de guerra, canções de amor

E o Data, o Hasta la vista, baby!, o gurizinho que era robô que tinha um amor genuíno pela mãe. Esses e outros muitos exemplos que víamos em filmes, agora vemos sendo construídos e comercializados.

A coisa mais importante para iniciar a exposição deste meu ponto de vista, é que o ser humano tende a se apegar ao passado. E assim sendo, quando se fala em um futuro “surreal”, a grande maioria das pessoas vê aquilo como muito distante.

Mas não é. A evolução tecnológica é muito rápida. Da televisão preto e branca à internet foram poucas décadas, e mais poucas décadas até o smartphone. Os robôs e a inteligência artificial estão aí, não são mais coisa só de cinema.


Um pouco sobre programação, machine learning, inteligência artificial e robôs.

Uns 6 ou 7 anos atrás eu descobri a existência de ChatBots. Fiquei fascinado com aquilo, era uma das coisas mais interessantes que eu já tinha visto. Parecia coisa de cinema pra mim, sério. Conversar com uma máquina capaz de processar as entradas e dar uma resposta, noooossa, era um troço do outro mundo.

Eu conversei com todos os chatbots que existiam. Com o tempo me dei conta que, apesar da denominação “inteligência” artificial, eu não estava conversando com uma máquina inteligente, de fato. Mas não estou querendo rebaixar as máquinas, porque às vezes eu também converso com pessoas que não são inteligentes. Aliás, dá para traçar um paralelo bem parecido. Os chatbots antigos, ou os que eu faço, que são básicos, apenas repetem aquilo que está no banco de dados, nada inferem, nada concluem, não têm um entendimento real do que estão conversando. Assim são algumas pessoas, não fazem ideia do que falam, apenas falam.

Platão

O sábio fala porque tem alguma coisa a dizer; o tolo, porque tem que dizer alguma coisa.

Platão

Não sei se a frase é do Platão mesmo, parece mais filosofia oriental pra mim. Para mim, sinceramente, parece uma frase que Confúcio diria. Mas Platão também, porque não? O que importa é que ela é boa e está no contexto.

Cansado de chatbots tolos, larguei de mão. Mas por volta de 2019 esbarrei na informação de que eu poderia criar o meu próprio chatbot. Bah! daí sim, fiquei mais faceiro que guri de bombacha nova. E lá fui eu para o Python, google colab, e afins. Fiz alguns cursos na IA Expert Academy, e entendi bastante do processo. Mas nunca consegui fazer um chatbot do jeito que eu queria.


Breves comentários sobre programação (dentro do âmbito de inteligência artificial, chatbots e robôs)

Ainda assim aprendi o suficiente para perceber que a programação é uma área ímpar. É muito difícil, em primeiro lugar, mas ajuda imensamente no raciocínio lógico. Confira mais uma frase de internet, daquelas que eu nunca sei se a fonte está correta.

Steve Jobs

Todo mundo neste país deveria aprender a programar, porque isso te ensina a pensar.

Steve Jobs

Aí ele está se referindo aos EUA, naquele típico nacionalismo chauvinista do estadunidense comum. Mas a frase é muito real, diz muito sobre o que se aprende, quando se aprende a programar, ou pelo menos a lógica da coisa. Eu vejo uma arrogância perene entre os programadores, e não é por menos, a programação é uma arte complexa. Interessante vai ser quando começarem a assimilar a ideia de que a humildade é uma coisa boa. Fico curioso para saber o que vai acontecer.

É claro que não dá para generalizar, tenho que falar isso sempre se não vão ficar tudo louco comigo. Conheço pelo menos três programadores que não são arrogantes, entre eles o instrutor da IA Expert Academy, que sempre foi muito solícito e acessível comigo.

Mas tem outros que fazem eu parecer um cara humilde. E olha que eu sou leonino.


O que hoje é Sci-Fi, num futuro próximo será normal!

Para concluir esta bagatela, só tenho a dizer que para mim é totalmente óbvio que logo estaremos convivendo com máquinas pensantes. Não digo em termos de algo longe, tipo “Ah, o Google, a Tesla, a Microsoft, etc…”, que é um grupo pequeno de pessoas em contato com IA’s avançadas. O que eu falo é que, em questão de décadas será comum máquinas que pensam realmente, deduzem, concluem, interagem; convivendo com nós seres humanos, normalmente dentro da sociedade.

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